domingo, 20 de novembro de 2011

Introdução à Diabetes Mellitus tipo 2.

É um tipo de diabetes também conhecido como diabetes tipo adulto ou com início na maturidade. É caracterizada por resistência relativa à insulina que, com o tempo, pode se tornar absoluta. Abrange um conjunto de distúrbios que têm em comum a hiperglicemia e níveis diversos de complicações crônicas e está intimamente relacionada a Síndrome Metabólica, uma combinação de desequilíbrios sistêmicos relacionados: hipertensão, hiperlipidemia, obesidade e doença aterosclerótica.

A resistência à insulina deve-se majoritariamente à obesidade, quase sempre observável nesse tipo de diabetes, e acontece por defeitos sutis na primeira fase de liberação da insulina, levando a um quadro paradoxal de hiperglicemia e hiperinsulinemia concomitantes. Com o tempo - 10 a 15 anos - de evolução da doença, as células beta do pâncreas diminuem sua secreção, levando a hipoinsulinemia parcial ou total. A partir deste ponto, é vital o tratamento insulínico dos pacientes.

Sua prevalência aumenta com a idade, com a obesidade e nas presenças de dislipidemia e de história familiar para diabetes. Seu fator genético é altamente comprovável: gêmeos idênticos têm quase que 100% de chance de desenvolverem a diabetes. A despeito da diabetes tipo 1, seu caráter auto-imune de ação não foi comprovado. Pode ser assintomática no início, o que a torna um mal silencioso. O acompanhamento, principalmente dos pré-diabéticos, por esse motivo, é importante para a prevenção de malefícios crônicos.

Esse é o primeiro post sobre diabetes tipo 2 e foi concebido com o intuito de ser uma explanação geral sobre esse importante tipo de diabetes, que é extremamente prevalente mundo a fora e possui importantes ares de doença moderna, por sua intrincada relação com obesidade, sedentarismo e outros vícios da vida corrida que acomete grande parte de nós hoje em dia. Mais sobre seu aspecto bioquímico, consequências metabólicas, recomendações médicas, tratamento e prevenção será discutido nos posts subsequentes.


Bibliografia:

- Cecil – Tratado de Medicina Interna; 22ª edição.

- Atualização Terapêutica 2001 - Manual Prático de Diagnóstico e Tratamento; 20ª edição.

Postado por Arthur Leone Fortuna Pimenta

Nenhum comentário:

Postar um comentário